Jejum e Ciência
- Thaynara Rossi Gavioli

- 19 de ago. de 2020
- 2 min de leitura

Sempre vejo protocolos de jejum intermitente, pessoas incentivando coachs, médicos, aplicativos, etc.
Mas qual é o tempo ideal para você?
Vai depender de fatores como:
Seu objetivo
Sua rotina
Intensidade de exercícios práticos
Se há presença de doenças de doenças, diabetes é a principal.
Idade
Etc
Objetivo: para perda de peso e são recomendados jejuns de 16 a 18 horas, de 2 a 3 vezes por semana. Protocolos maiores devem ser acompanhados por um profissional nutricionista de acordo com a cetoadaptação do organismo.
Patologias: não são indicados jejuns para pessoas com transtornos alimentares e/ou emocionais, do tipo bulimia, anorexia, transtorno de ansiedade, depressão, nem em portadores de diabetes, seja do tipo 1 ou 2.
Idade: crianças estão em fase de crescimento é é essencial o consumo adequado de nutrientes, já idosos têm redução do apetite decorrente do envelhecimento fisiológico, sendo assim, reduzindo o tempo de alimentação, pode-se não ter uma demanda adequada, além disso os idosos tem uma capacidade gástrica reduzida, sendo necessário aumentar a quantidade de refeições.
Intensidade do exercício: quanto maior for a intensidade do treino, menor o tempo de jejum, para treino de força é FUNDAMENTAL o glicogênio muscular, no qual é provenientes dos carboidratos.
A utilização de gordura durante o treinamento físico já é ultrapassada e restaura as discussões sobre os exercícios aeróbicos.
Na prática há pessoas que se adaptam bem ao jejum, já outros referem consequências por causa da dieta seja low carb ou o próprio jejum. (Universidade Federal de São Paulo - USP, 2009)
Estudos de 2017 concluem que, não há literatura científica que respalde o jejum pré treino benéfico para "utilizar gordura". E ainda, mostrou que os alunos que realizaram a atividade em jejum passaram mal durante a prática, sendo assim, eu curto e médio prazo trazem resultados indesejáveis a saúde. (Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, 2017)
Outro estudo separou dois grupos para avaliar a composição corporal, um grupo treinando em jejum e outro se alimentando, e o resultado foi que, os dois grupos não apresentaram mudanças significativas e melhora de alguns parâmetros da bioquímica sanguínea, inclusive no Ramadã (jejum religioso dos muçulmanos). (International Journal of Nutrology, 2018)
CONCLUSÃO: O fato de treinar em jejum não foi decisivo para obtenção de resultados, o jejum pré treino não é uma estratégia para a mudança corporal.
Você se sente bem fazendo jejum? Legal, mas não é um fator que cientificamente você possa associar a mudança corporal.
Procure sempre um profissional nutricionista para adequar sua dieta de acordo com os seus objetivos colocando sua saúde em primeiro lugar.



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