Dietas da Moda - Qual a melhor?
- Thaynara Rossi Gavioli
- 3 de ago. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de ago. de 2020
Primeiramente, dietas da moda são "regimes" que prometem perda de peso rápida e quando divulgadas pela mídia ganham um enorme número de adeptos, por exemplo: dieta da lua, dieta do ovo, dieta mediterrânea, low carb, jejum intermitente, entre várias outras.
A televisão e a internet principalmente querem vender um "padrão de peso" o que não condiz com a realidade da população brasileira, que registrou no ano de 2019 que 55,7% das pessoas estão com sobrepeso, então, as pessoas buscam inúmeros métodos de emagrecer e então alcançar o status de beleza vendido. É, a partir disto que entram as chamadas ditas da moda, procedimentos milagrosos, efeitos fantasiosos como perder 10 kg em uma semana.
Dieta DASH: enfatiza o aumento de alimentos ricos em proteínas, cálcio, magnésio, potássio, frutas, legumes, grãos integrais, baixa gordura de laticínios, nozes e limitando o consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura saturada. IMPORTANTE: Contraindicada para portadores de insuficiência renal.
Dieta do Mediterrâneo: baseado no hábito de países banhados pelo Mar Mediterrâneo (Itália, sul da Espanha e Grécia), embora com culturas diferentes compartilham uma alimentação em comum. Baseia-se no consumo de alimentos naturais e frescos como po exemplo, frutas, legumes, azeite, cereais, leite, evitar alimentos industrializados como suco, salsicha, alimentos congelados, etc.
Low carb: definida pela Organização de Diabetes do Reino Unido, dieta para redução do consumo de carboidratos, no qual deve-se ingerir menos de 130 gramas deste macronutrientes por dia. Essa quantidade representa somente 26% da energia necessária para o organismo (sendo as recomendações mundiais de 45 a 75%), o restante deve ser ofertada pelo consumo de proteínas e gorduras boas. IMPORTANTE: Contraindicada para praticantes de atividade física e atletas principalmente pré treino.
Low fat: baseada na redução de gorduras, levando a menor saciedade, composta de 45 a 65% de carboidratos e 10 a 35% de proteínas.
Dieta Atkins: basicamente não há restrição de calórias, enfatiza o consumo de alimentos que não sejam carboidratos, ou seja, optar por carne, bacon, ovos e queijos amarelos, a gordura pode chegar a 60% por dia, enquanto os carboidratos menos de 25%.
Uma meta-análise publicada recentemente, comparou 14 dietas para perda de peso e fatores de risco de doença cardiovascular. Foram comparados 137 estudos que incluíam ou não atividade física.
As dietas low carb (Zone e Atkins), low fat (Ornish) e aquelas que moderam macronutrientes (Mediterrânea e DASH) demonstraram evidências favoráveis a perda de peso e redução da pressão arterial sistólica e diastólica. Além de ser estudos modestos, o efeito das dietas é evidente no período de 6 meses, em um período de 12 meses os efeitos desaparecem, ou seja, estagnam novamente.
Ciclo vicioso das dietas
Fonte: Energié
O trabalho interdisciplinar (o qual estabelece relações entre diversas áreas de conhecimento), sempre será a alternativa mais eficiente para controlar e administrar vias metabólicas. Seguir uma dieta com ou sem rótulos e simplesmente ignorar o papel de outros profissionais envolvidos no processo, somente resultará em encurtamento na validade do trabalho do profissional nutricionista.
Tanto na vida, como na alimentação, ninguém chega a nenhum lugar sozinho.
AS DIETAS DA MODA VENDEM PROPAGANDA ENGANOSA E PODEM PREJUDICAR A SAÚDE, PRINCIPALMENTE PARA QUEM JÁ TEM UMA PREDISPOSIÇÃO A ALGUMA DOENÇA.
Em poucas palavras, as dietas da moda até podem apresentar "redução do peso" porém, com seus dias de volta contados, ou seja, possui prazo de validade.
A melhor solução sempre será uma reeducação alimentar, na qual, fica-se de bem com a comida e não ter necessidade de temê-la !
Procure sempre um profissional nutricionista para te orientar.
REFERÊNCIAS:
Comparison of dietary macronutrient patterns of 14 popular named dietary programmes for weight and cardiovascular risk factor reduction in adults: systematic review and network meta-analysis of randomised trials
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